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22/05/2012

Vital: Corregedor incorreto, presidente vacilante

Corregedor Geral do Senado Federal e presidente da CPMI do Cachoeira, o senador Vital do Rego Filho (PMDB) viu sua figura de “juiz do Congresso” se desmoronar diante da revelação da Folha de São Paulo, com repercussão em outros veículos nacionais, dos detalhes que armou para manter funcionária fantasma em seu gabinete em troca de elogios na Paraíba.
 
Foi grande o estrago da imprensa nacional e pode ser ainda maior dependendo do ânimo da imprensa nacional, que já fez Efraim Morais, ex-presidente da CPI do Bingo, o que sugere a antecipação de uma sentença: Vitalzinho não terá como sustentar suas funções de guardião da seriedade no Congresso Nacional.
 
Como corregedor do Senado, Vital deveria estar acima do bem e do mal. E, como presidente da CPMI do Cachoeira, forte para conduzi-la. Não está nem acima nem forte.
 
Vale destacar que fechar parcerias com jornalistas ou meios de comunicação nos estados para divulgação institucionais das ações parlamentares não é ilegal. Aliás, há verba específica para gastos com publicidade parlamentar no Congresso Nacional para cada senador.
 
O problema de Vital foi ter encontrado uma maneira à margem da legalidade para fazê-la, expondo, inclusive, quem não tem nada a ver com a história. Soma-se a isso as nomeações da filha do ex-governador Maranhão e do deputado Hugo Mota, todas com pés fincados na Paraíba.
 
Hoje, ao sentar na frente da Carlinhos Cachoeira, Vitalzinho já não será mais o mesmo de ontem.
 
E amanhã poderá não ser mais o mesmo de hoje.
 
Luís Tôrres

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